O Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT) em Camaçari, realizado em 2025, está no centro de uma polêmica que pode ter desdobramentos graves. O nome de Anderson Santos, atual presidente do PDT no município e ex-presidente do próprio PT local, apareceu como votante no processo interno do partido, mesmo sem sua autorização.

A denúncia foi feita pelo próprio Anderson, que afirmou publicamente que não participou da eleição e que sequer esteve presente no local de votação. Segundo ele, há fortes indícios de que sua assinatura tenha sido falsificada para validar um voto que nunca foi dado.

“Não participei do PED. Meu nome foi usado sem minha permissão, e isso é extremamente grave. Já tomei as medidas iniciais para investigar o caso”, declarou Anderson em nota.

A denúncia reacende o debate sobre a transparência e a lisura dos processos internos do PT. Se confirmada a fraude, o episódio pode revelar uma estratégia coordenada de manipulação eleitoral: a utilização indevida de nomes históricos do partido para inflar artificialmente a votação de uma chapa específica. Essa prática beneficiaria diretamente um grupo político que busca ampliar seu espaço de poder nas esferas municipal, estadual e até nacional do partido.